Quadrinhos estimulam o gosto pela leitura
- MONIQUETE
- 10 de mar.
- 4 min de leitura
Atualizado: 18 de mar.
O interesse por histórias em quadrinhos pode ser um excelente ponto de partida no processo de formação de leitores
Quando falamos sobre incentivar a leitura, é fundamental considerar a diversidade de gêneros e formatos literários. A diversidade literária – incluindo contos, poesias, fábulas, romances e, claro, quadrinhos – permite que as crianças ampliem seu repertório cultural e desenvolvam uma compreensão mais profunda da literatura e da linguagem.
Os quadrinhos são atrativos por combinarem texto e imagem, o que facilita a compreensão e engajamento dos leitores. Eles exigem que a criança desenvolva habilidades importantes, como a leitura sequencial, a interpretação visual e a compreensão de diferentes formas de narrativa. Além disso, ajudam a construir um senso de ritmo e fluidez na leitura, o que pode ser um grande incentivo para aqueles que ainda não se sentem confortáveis com textos longos.
Muitas vezes, os termos "gibi" e "livro em quadrinhos" são usados da mesma forma, mas há diferenças importantes entre eles.
Os gibis são, tradicionalmente, publicações periódicas e seriadas, com histórias curtas ou continuadas, como as de super-heróis ou personagens clássicos infantis. Já os livros em quadrinhos costumam apresentar uma narrativa completa em um único volume, geralmente com um enredo mais elaborado e aprofundado. Ambos são valiosos para a formação leitora, mas é importante compreender essas distinções ao escolher títulos para crianças e jovens.
Um aspecto essencial no uso de quadrinhos como ferramenta de formação leitora é a seleção de adaptações literárias de qualidade. Muitas obras clássicas da literatura infantil e juvenil são adaptadas para o formato HQ, mas nem todas mantêm a riqueza do enredo e a essência dos personagens originais.
É preciso escolher com cuidado edições que respeitem o conteúdo original, trazendo um equilíbrio entre narrativa textual e ilustração.
Além disso, é importante apresentar as HQs como um complemento à leitura dos textos integrais, incentivando as crianças a explorarem outras versões da história. Assim, os quadrinhos deixam de ser apenas uma “leitura fácil” e passam a ser um ponto de partida para o desenvolvimento do gosto pela literatura.
Confira uma seleção de livros em HQs para incentivar a leitura e que são grandes aliados no processo de formação leitora.
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O Homem-Cão – Vol. 1, de Dav Pilkey, Companhia das Letrinhas- Nos cinemas! Confira o TRAILER
Quando o oficial Rocha e seu cachorro Greg sofrem um acidente, o único jeito de os dois sobreviverem é fundindo a cabeça do cão com o corpo do policial — e é assim que nasce o Homem-Cão, o melhor policial da cidade!
Porém, ele tem um grande inimigo: o terrível gato Pepê, que até pode parecer fofinho, mas... não é.
Pedro Malasartes em quadrinhos, de Stela Barbieri e (il) Fernando Vilela, Editora Moderna
Pedro Malasartes faz parte da vida de muitas crianças e adultos. É um personagem com aparência comum, mas não se engane!
Conheça as histórias cheias de humor e soluções inesperadas deste que é um dos maiores personagens da nossa cultura popular.
Doutor Sumiço, de Caco Galhardo, Editora Companhia das Letrinhas
Lico sempre foi diferente das outras crianças ― de chupetas a chaves, tudo ao seu redor desaparecia!
Não demorou para o garoto descobrir que tinha o superpoder de fazer as coisas sumirem. E foi assim que surgiu um incrível herói: o Doutor Sumiço!
Píppi Meialonga vai ao circo e outras histórias em quadrinhos, de Astrid Lindgren e (il) Ingrid Vang Nyman*, Editora Companhia das Letrinhas
Píppi Meialonga é incrivelmente forte, nunca deixa um adulto passá-la para trás e mora apenas com seu macaco e seu cavalo na Vila Vilekula.
Entre biscoitos feitos no chão e confusões no circo e na escola ao lado de seus amigos, Tom e Aninha, a menina de cabelos ruivos e roupas pouco convencionais garante boas risadas a cada nova página.
* Ingrid Vang Nyman foi a primeira ilustradora de Píppi, em 1945
Luzia e os povos do Brasil, de Piero Bagnariol, Editora Peirópolis
Como seria o cotidiano de nossos antepassados remotos? Aqueles que só conhecemos por meio de desenhos nas paredes das cavernas e artefatos encontrados milhões de anos depois pelos arqueólogos?
A história se passa há cerca de 12 mil anos na região de Lagoa Santa, Minas Gerais, e tem enredo e cenários constituídos a partir da contribuição de estudiosos e pesquisadores, além dos vestígios deixados por diferentes povos que ali viveram.
Fechamos, de Gilles Baum e (il) Régis Lejonc, Amelì Editora- Vol 3 da Coleção da Cigarra
O Museu Nacional fecha as portas e, pela última vez, Edson Arantes toca seu sino "Fechamos! Fechamos!"
Quem salvará do esquecimento o grande meteorito, a coleção de borboletas, o sarcófago, o crânio do primeiro humano, as máscaras Ticuna, e os ossos de um imenso dinossauro? Diante de um palco repleto de cinzas, será possível existir um lugar no qual a memória e arte possam sobreviver?
*História inspirada no incêndio do Museu Nacional (RJ), dia 2 de setembro de 2018, que abrigava um acervo de 20 milhões de itens, parte inestimável da história e cultura do Brasil.
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